Poucos países tem tradição vinícola mais antiga que a Bulgária, com alguns vinhedos que, acredita-se, datam dos gregos antigos. O estado búlgaro foi formado em 681, e a viticultura se disseminou. Com a chegada dos turcos, no século XIV, a vinicultura passou para as mãos dos mosteiros. Após 500 anos de domínio otomano, a Bulgária tornou-se independente em 1878, e, pouco depois, como na maior parte da Europa, a filoxera devastou os vinhedos.
Desde a Segunda Guerra Mundial a política foi o fator mais influente na indústria vinícola. Em 1945 o país tornou-se parte do bloco soviético, e o governo soviético coletivizou terras e vinícolas para fornecer vinho aos países do Comecon. Nesse período, os vinhedos foram transferidos dos morros para as planícies, viabilizando a mecanização, e deu-se preferência a vinhas internacionais. Com essas mudanças, em seu auge a Bulgária foi o sexto maior produtor mundial de vinho. Antes da Reforma Agrária dos anos 90, 80% do vinho era feito pela organização estatal Vinprom. A Rússia desertou a Bulgária em 1985, quando Gorbatchev lançou sua campanha antiálcool, mas a organização exportadora estatal Vinimpex recorreu ao mercado da Europa ocidental, onde os Cabernets Sauvignons búlgaros suaves, maduros e baratos causaram impacto.
Estima-se que a área atual de vinhedos na Bulgária varie entre 90.000ha e 140.000ha, mas são necessários muitos replantios devido aos efeitos da falta de investimento. Os novos vinhedos já estão começando a mostrar ótimo potencial. Contudo, apesar das melhorias, a viticultura ainda é dominada por grandes vinícolas privatizadas baseadas nas antigas cooperativas que não dispõem de capital, e a Bulgária não atraiu o mesmo interesse estrangeiro de suas vizinhas Hungria e Romênia. |